“O que nós temos até o momento confirmado é a presença dessa bactéria específica no Distrito Federal, São Paulo e no Paraná”, afirmou após evento no Palácio do Planalto, em Brasília.
Segundo o ministro, a Anvisa deve tornar a notificação obrigatória a partir desta sexta-feira, quando uma nova resolução colocará limites na comercialização de antibióticos nas farmácias brasileiras. “Existem normas e regras que obrigam todos os hospitais a [registrar] a presença de infecções hospitalares. Acontece que essa bactéria, pela sua especifidade, está nos preocupando, e por isso a convocação de especialistas para que a gente possa ouvir deles que medidas adicionais devem ser tomadas para o controle desse problema”.
O uso excessivo e descontrolado do uso de antibióticos pelos brasileiros é citado pelo ministro como um dos motivos para a super-resistência de diversas bactérias, podendo criar problemas graves a quem se automedica. ”A pessoa começa a ter uma febre, vai para uma farmácia, compra um antibiótico e toma. O que acontece? Há uma seleção de bactérias e a criação de bactérias resistentes, que pode até acometer este próprio cidadão numa situação de internação, uma infecção hospitalar grave”, avaliou Temporão pelo fato da bactéria em discussão ser muito resistente a antibióticos.
As vítimas da bactéria KPC (Klebsiella pneumoniae Carbapenemase) e pacientes com sintomas de infecção devem ser mantidos isolados. O tratamento deles consiste ao uso de antibióticos ainda mais fortes. A medida já foi tomada por alguns hospitais, como Albert Einstein, Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz, em São Paulo.
(Com informações do uol)